A terra a pouco seca se fez molhada, não pela chuva ou pelo orvalho, talvez por uma pequena, mas sentida lágrima. Faz hoje um ano que você se foi, se foi como a semente que joguei na terra arada por minhas mãos calejadas, porém, gentis. Brotou, cresceu e depois Floresceu, embelezou a paisagem, perfumou o campo e quando veio o inverno não resistiu. Hoje a casa vazia, estando totalmente mobiliada, da varanda observo o campo, o cajueiro e o jasmineiro florido que o vento espalha o seu perfume e salpica o chão de flor. Não te espero no jantar, não te espero em nossa cama, não te espero no despertar… A terra não é a sua casa, talvez você esteja no ar, no mar, nos rios, nas flores, nos pássaros ou talvez em toda natureza.
Meu amor me espere com toda certeza.
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