Na linguagem das delícias sucumbimos ao céu das artes.
Fomos chacinados pelos delírios do mais selvagem rock'n'n roll.
Eu danço ao redor do fogo em sua homenagem.
Sou o feiticeiro eletrônico conclamando tempestades magnéticas
sobre o desejo dos amantes embriagados de descobrimentos.
Quando a amanhecer despejar nas ruas
as sonolentas aves do paraíso das mentiras
trajadas nas armaduras das inseguranças e paixões,
estaremos atentos às confidências de um adolescente apaixonado.
Oceanos suavíssimos! desaguam doçuras
em florestas intragáveis de pássaros sentimentais,
para nosso espanto de fugitivos de todas as terras
cujos reis não sejam anarquistas.
Estaremos molhados pela aurora
aonde os sóis despem as armaduras
de garanhões do sublime.
Quando a humanidade enfim despertar
da grandiloquência e da morte poderemos lambuzar de céu
nossas faces de cépticos e de magos
aproveitando a chuva nas marquises que servem de abrigo
aos cães uivando afagos
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