Sempre pensamos em tudo
Sem saber que tudo é nada
Pensamos muito no mundo
Em todas as estradas
Quem disse que sim é sim?
Falaram que não é não?
Às vezes sim é talvez
E outras, talvez é não
Querer, sentir, poder
Fazer, amar, nascer
Gritar, falar, calar
Explicar, encontrar, buscar
Tudo sem fórmulas
Sem raízes, catetos, tabuadas
Nem sim nem não
Nem mais nem menos
Palavras sem sentido
Palavras que machucam
Palavras que acalmam
Palavras que não explicam
E Algo, segura o infinito
E O Que, segura Algo?
Quem segura O Que?
O que há alem do universo?
Ah! Que bom
Entrar no mar
Sentir o vento
Poder gritar
E você vive
Sabendo que a morte é certa
Mas, sem saber porque vive
E não querendo morrer
E olhos se encontram no escuro
E lábios se tocam no céu
E mãos escorrem no corpo
E tudo está nas estrelas
E por todas as estradas
Pensamos muito no mundo
Sem saber que nada é tudo
E as vezes que tudo é nada
Nilo S. Gasperi.
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença