Não me permita que a fome me mate
Nem me deixe sedento e tão escarlate,
Porque o sangue não coagula e morro,
Por isso meu espírito vagueará de novo
E ficará perdido dentre frias nebulosas...
Não me permita que o silêncio me tolha,
Pois diante do vozerio da turba a escolha
Se faz mediante as horas ainda dengosas
E dos cálices das bebidas assaz capitosas...
Bebamos do outono, a polpa das folhas!
 
 

 
DE  Ivan de Oliveira Melo

Ivan de Oliveira Melo
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