Dura é a pedra.

 Dura e pesada em seu coração.

 Sua alma ja foi dada á serra

 E suas noites são devotas da solidão.

 Doce é o canto.

Doce e sereno em meus ouvidos.

 Mas não evito o pranto

Ao perceber seus magoados sorrisos.

Frio é o vento

Frio e temeroso a sua pele

Seu prazer se tornou silencio

Mas o barulho é o que acha que queres

Sei bem que pergunta-se

Como chegaste tão longe sempre estando parada

Mas não foi preciso mover-se

Seus pés cavaram o buraco que te encontras, presa e atormentada.