Frente às ruínas de uma fazenda abandonada
Percebo ter nascido no meio da História
Onde o passado se foi num piscar de olhos
Sem tempo para sepultar desejos de outrora

Velha fazenda!

Seu matagal engoliu tantas ganâncias
Que não eram menores do que seus hectares
Pois sempre alguém perde a terra
E outros recriam as posses

Seus dois portais à minha frente
Engolidos insaciavelmente pelo sedento matagal
Realizam vontades humanas
Enquanto nossas peles nos declaram guerra

Velha Fazenda!

Bem antes de suas histórias
As ferrugens já se embebeciam com o sangue do mundo  
Fazendo flagelados chamam isso de Evolução
A posse vem e compra o dono invertendo a ordem da razão.

Professor Jedson
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