No tom da natureza,
A cada um atribuído,
Habita a incerteza
Pormenores e ruídos.
 
Propagações sonoras
Que desabam sobre ouvidos.
O todo corrobora,
A humilhação do excluído.
 
Nem grilhões e nem algemas
Precisam prender mais,
Os inexoráveis sócio-dilemas
Atordoam a mente em paz.
 
Por sua externalidade,
Sem entender o seu complexo.
Melhor, criar fatalidades
Do que dar-lhe um amplexo.
 
Rasgar-lhe pela matiz,
Desagrada a estética.
Pobre monótono motriz,
Várias rimas, a poética
 
Ouça a música entoar
Embalar os sete ventos,
Vários tons a matizar
a melodia e seus comprimentos.
 
Cegos e infelizes, aqueles
Maltratados por suas reflexões.
Talvez, Sophia toque neles
Lhes causando transformações
 
E num mundo como este
De divergentes matizes,
Vários tons hão neste
Deixando nossos olhos felizes.

Ana Moraes de Oliveira Rosa
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