Em Beomundo cresceu dentro do peito,
A chama intensa da crença o exortando,
Que só quando a Terra Santa libertando,
Teria sossego o seu fero coração eleito!

Antes, seu primo Alderico procurou,
Seu mais próximo e fiel em amizade.
E deu-lhe a chave do cinto de castidade,
Da linda e doce esposa, e assim falou:

“-Se doze anos passados, eu não voltar...
É que terei na luta, a morte encontrado!
Podes dos votos, minha amada libertar!”

E partiu tranqüilo, a promessa assegurada.
Meia hora depois, é pelo amigo alcançado:
“-Beomundo, você me deu a chave errada!!!”


03/5/2006

Mais um soneto.