A noite se encheu de estrelas mortas,
estrelas de sombra
filhas, netas, bisnetas de meus antepassados;
esposas de Deus, amantes de Maria - penetradas e lambidas.
Invejei-as.
Clamei pelo sêmem divino,
desnudei-me, santifiquei-me.
Um minuto de silêncio, um sussurro débil;
e renasci como um poema oculto no ventre de uma casa vazia,
presa à sombra de um verso nu.
Um dia, talvez, Deus haverá de me comer.

Tereza Du\'Zai
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