O Amor de ouro
O Amor de bijuteria
Hoje estive pensando em toda a minha vida;
E me perguntei?
Será que vale a pena amar, lutar matar e morrer por alguém que não me quer mais?
Alguém que me disse que não daria mais para estar com ela;
Alguém que se despediu de mim por mensagem;
Que não teve a coragem de dizem em meus olhos que não seria mais o meu amor;
Alguém que me advertiu manter-se afastado mais longe possível;
Já não queria nem mais ouvir a minha voz;
Que desligava o telefone quando via que era o meu numero;
Que por muitas e muitas vezes liguei e nem se quer uma mensagem recebi;
Estive hospitalizado e nem notei o quanto mendiguei algo que não era para ser;
Que me comparou a tantas coisas;
Estive enfermo de saudades;
Me alcoolizei;
Me droguei;
Noites e dias;
Dias e noites;
Tudo me trazia a lembrança desta pessoa que eu tanto amava;
Adoeci;
Perdi a fome;
Perdi o sono;
Deixei de me amar;
Implorei, ligava diurnamente pedindo o perdão;
Errei e confessei o meu erro;
Tive mais uma crise de ciúmes;
De uma mulher que mora a quase dois mil quilômetros de distancia;
Sempre a respeitei;
Amei-a com toda a minha alma e com toda a minha força;
Nunca medi esforços para estar junto a esta pessoa;
Sempre fui romântico, carinhoso e dedicado;
Prestativo, cuidadoso e fiel;
Mas havia em mim um defeito;
O meu ciúme;
Mas nunca fui agressivo ou faltava com respeito;
Sempre voltava a traz quando estava errado;
Em quase dois anos de relacionamento o máximo de tempo que ficamos juntos;
Foram apenas dezesseis dias;
Abri mão de muitas coisas;
Mas no nosso termino fui considerado como uma monstruosidade;
Fui reduzido a nada;
As palavras que mim foram ditas e escritas;
Adentram ao mais profundo do meu ser;
Fui perfurado por uma lança afiada, que ultrapassou as minhas entranhas;
O nome desta lança é desprezo;
Quando mais precisei da atenção e do carinho de quem dizia tanto me amar;
Foi quando fui, mas desprezado e incompreendido;
Fui rejeitado como um filhote de leão que quando perde o pai;
O outro leão o devora, para dar seguimento a sua linhagem;
Até hoje a minha alma esta ferida;
Será errado amar por excelência?
Será que é errado cuidar e amar de forma latente?
Eu não queria me perder este amor;
A nossa estória foi uma estória de filme;
Foi um romance lindo;
Havia sim, cumplicidade;
A nossa química era inexplicável;
Perecíamos duas crianças;
Perecíamos que nunca;
Que já mais iríamos nos separar;
Mas por ironia da vida;
Hoje já não somos mais nós;
Agora sou eu;
Agora é só ela;
O que deveria ser eterno acabou;
Mas como pode o amor acabar?
Quem pode me explicar isso?
O amor mesmo que enferrujado;
Mesmo que esteja todo sujo de lama e lodo;
É renovado pelas águas do perdão;
O verdadeiro amor mesmo que esteja totalmente;
Cheio de escorias e no subsolo do fundo do poço;
É capaz de voltar a brilhar com a mesma intensidade de antes;
Basta um simples toque;
Um simples cuidado e zelo;
Que como o ouro no barro;
Após de limpo e polido;
Volta a ter o seu brilho e mesmo na lama;
Mesmo no lodo e no esgoto;
O ouro nunca deixara de ser ouro, mesmo todo sujo e apagado;
Mas sempre se manterá como é;
Simplesmente um dos metais mais nobre do mundo;
Sempre será o ouro;
Assim é o verdadeiro amor;
Mesmo que todas as injurias, dores e magoas;
Mesmo que tudo pareça nunca dar certo;
Por ser o amor e é de sua natureza;
Perdoar e voltar a brilhar como antes;
O verdadeiro amor é como o ouro;
Mais o amor passageiro é como a bijuteria;
Pode até brilhar e aparecer;
Mas logo em pouco tempo as sua manchas aparecem;
A ferrugem o corroí;
Revelando assim a sua verdadeira imagem;
A sua verdadeira identidade;
Nada ha mais que uma bijuteria.
Edson F. Pedrosa 08/08/11
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