SONETO DA SEPARAÇÃO


SONETO DA SEPARAÇÃO



Casamento é negócio que não admite sócio


Não guarda amor apesar do vasto esplendor


Um consórcio que pode resultar em divórcio


Como uma linda flor que murcha pelo rancor

Se de verdade, na união existe cumplicidade


Filho é complemento desde seu nascimento


Sem liberdade, amizade não se faz realidade


Causa de sofrimento dos filhos em desalento

No início só tesão, depois rotineira obrigação


A promissão de felicidade fica só na vontade


E vil dualidade se torna a mais dura verdade

Quando sair, sem fazer alarde feche o portão


Leve a carteira de identidade, muita saudade


Uma saideira e a sensação de que já foi tarde

Marco Antônio Abreu Florentino

Soneto para refletir sobre o casamento e seu desdobramento. A quarta e última estrofe deste soneto (segundo terceto), foi inspirada na canção ¨Trocando em Miúdos¨ como homenagem a um dos maiores artistas brasileiros, o musico e compositor Francisco Buarque de Holanda, na qual adicionei e inverti, da letra original, algumas palavras visando a devida adaptação poética.

https://youtu.be/WVnP1TFw52I


 

Marco Antônio Abreu Florentino
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