Se eu estiver ficando louco é sem reclamação
Pois tudo que buscamos é um pouco de ins-piração
Eu adiante olho a folha em branco
Arrepio-me como num solavanco
Tranco todas as muralhas mentais
Batalhas internas deviam ser ilegais
Pessoas e cidades todas feitas de papel
Essa cê entendeu, mesmo que em choque
Me levanto ainda amando o Leandro Roque
Harry Baker, William Shakespeare
Conheço tantos poetas
De Bob Dylan a Gilbert & Sullivan
Se a letra nunca acerta
Alinhado como um terno
Também é um modelo de um general moderno
Ser ou não ser? Bem mais que ambíguo
Origem plangente, insumo exíguo
Processo criativo, indiscutível
Acesso proativo de outro nível
Uma crise na sala de aula
Encarcerado numa jaula
Vou encerrar as audiências
Solicitações e exigências
Falar sobre a vida ou a morte?
O amor ou ódio?
O azar ou a sorte?
Um louvor ou triódio?
Clichê? Não enche!
Dom Quixote ou Lancelot
Te pego no clinch
Dê a ignição de cada neurônio
Mesmo trocando outro sinônimo
Assim a gente prossegue
No fim você consegue
Seja um jogral ou poesia branca
Nada adianta, eu sou negro, quebre a banca
Dane-se, mentira branca
Um belo exemplo do caminho do vazio
Girando o mundo com só uma alavanca
Viu? Sim, é fácil!
Aquele momento em que você francamente não faz a mínima ideia do que escrever...
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Não use-o comercialmente
- Não crie obras derivadas dele