SUMMUS FALSUS

Tudo que não é verdade se enquadra no bojo da falsidade


Desde racional existência o ser humano vive de aparência


Vem da antiguidade característica de sentir essa realidade


Faz parte da sua essência para sobreviver na experiência

O indivíduo mantém credulidade sendo falso pra sociedade


Também um grande mentiroso, incluindo o devoto religioso


Para preservar autoridade a pessoa esquece autenticidade


Quanto mais fantasioso, mais acredita no mundo falacioso

Como artista ou trabalhador todo homem é um ser fingidor


Uns menos, outros mais, nesse requisito todos são iguais


Na arte do hábil simulador, ninguém pode se dizer amador


Alguns não se entregam jamais até se tornarem espirituais

Tem gente que alega defesa para poder viver sem surpresa


De comportamento asqueroso e quase sempre conflituoso


Pior é a desídia que fica presa dentro d´alma, igual represa


Veste chapéu de invejoso quem achar este poema injurioso

Marco Antônio Abreu Florentino

OBS: SUMMUS FALSUS = SUPREMA FALSIDADE

Para reflexão de todos, que também podem ler o título da poesia como SUMUS FALSUS = ESTAMOS FALSOS, visto que essa condição é imposta ao ser humano desde o momento em que se percebe em sociedade. Como diz o poema, uns mais, outros menos... uns com falsidade vulgar, outros com a existencial. Alguns poucos não aceitam essa condição e tentam se libertar vivenciando e incorporando os três estágios vitais do homem preconizados pelo filósofo dinamarquês Soren Kierkegaard: o estético, o ético e o religioso.


https://youtu.be/gGV1yyDMGSM
(Comentário a Respeito de John - Belchior)


Marco Antônio Abreu Florentino
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