Não há mais tempo para o medo.

Agora não mais adianta
Ter medo ou angústia ou fobia
- do que há de vir desta escolha -
De me apaixonar e viver o amor.
 
Agora o coração jubila pela garganta
E para me acudir desta taquicardia
Só tua respiração boca a boca
Só teu enlevo reverbera em meu fulgor.
 
Agora este conselho veio tardio,
Já não há mais tempo para reflexão.
O brilho de teus olhos me causa arrepios.
E teu amor convulsiona-me a razão.
 
Agora já é tarde em demasia
Para cálculos e ilações filosóficas;
Há entre mim e ti dileta sintonia
Tão humana que suplanta a lógica!
 
Agora, mais tempo não há,
Para o medo com seus contras e prós;
A essência do amor em nós
Esparge a esperança aos céus e terra e mar.