Perante o painel que desenha os sentimentos
Vejo o homem sucumbir nos pilares do mal...
Aventuras indigestas campeiam num litoral
Em que águas poluídas são vícios e tormentos.
 
Tudo o que é cíclico não se depura com o bem,
Pois mentes maquiavélicas traçam planos sutis
Onde a dignidade é proveta de assaltos imbecis
E a honra é enterrada em mausoléus sem vintém.
 
É dantesco o papel do social que se contamina
E leva consigo as inocências à base de propinas
Que fraudam consciências com sujeira política...
 
Legados ultrajantes são o futuro, nada se espera...
O porvir é lama e pecado, é o fim de uma esfera
Num apocalipse de cujo dogma feneceu a crítica!
 
 

 
DE  Ivan de Oliveira Melo    

Ivan de Oliveira Melo
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