Deixei as armas caídas ao pé da escada,

desvesti-me da armadura e pus-me nu, à sombra;

não há porque lutar se a amada

ao teu lado, a te proteger, não se encontra...

 

Olhar países e fronteiras e farpados arames,

sentir o suor da terra misturado ao vermelho da vida,

para que nos transformar-mos em abelhas, em enxames,

abrirmos riscos dolorosos com baionetas já de si feridas?

 

Olho para mim e estou tatuado pelo fogo do combate;

quero sentar-me aos pés da oliveiras e rir com meu amor,

colher e plantar e refazer a lida, belas uvas e tomates,

entregar a ela, contrito, com doçura, a mais bela flor...

Prieto Moreno
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