Descalço, sujo, ébrio, singular...
 
Assim me vejo perante o altar
Onde deixarei rimas e preces
Em ladainhas que são estresse.
 
Morto, vivo, morto-vivo, plural...
Apenas  descreverei todo o mal
Que jaz incontinenti sobre covas
Onde o poder da oração desova.
 
Calado, loquaz, tímido, divertido...
Assim pintarei telas empedernido
Diante da lápide lírica que suporte
Tônicas palavras, odisseia e morte...
 
Perigoso, inútil, sugador de sangue,
Desenho de vida, político, palanque...
 
 
 

 
DE  Ivan de Oliveira Melo

Ivan de Oliveira Melo
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