P'RA VOCÊ

P’RA VOCÊ
 
 
As eternas são flores
Altivas
Ganham nomes
Ganham ícones
São maravilhas
Flores do inverno
Heras descendo
Pintando verdes campos
No branco cinzento
Dos prédios
Brinco de princesa
Que espera no alto
Da janela
Vou andando pelas ruas
Nuas ao vento
Recebem pétalas
Que caem na avenida
Lindas aquarelas
Lírios sempre-vivas
Escritos poemas
Taças  tulipas
Taças mel doce
De água viva
Que desce do rosto
Disposto a entregar
Pra ela 
Que o gosto de se entregar
Por ela
Não me acorda covarde
Se a verdade for
Minha tarde vazia
Da fria sina
De ela ter outro
Não me torno louco
Torno-me andarilho sonhador
O amor pode sempre
Nascer de novo.