Do cume do morro o horizonte alto...
Meu barraco, meu lar...sem reboco...
Escada acima me parecia tão pouco
Ver a beira mar, as casas do asfalto...
Ali nasci... Cresci, sonhos do dia a dia...
Como pipas coloridas cortando o vento...
Farol aberto...Era meu incerto sustento
Trocados por chicletes que eu vendia.
Minha Mãezinha humilde lavadeira
Não media as escadas da ladeira...
Mesmo doente... Firme... Segura...
Estudar adverso ao barraco de zinco
Abriu portas...Janelas e trinco...
Partiu no dia da minha formatura!
Carlos Cintra
© Todos os direitos reservados
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