Flor na mata,
É a vida em sua intensa diversidade;
É a cor púrpura,
É o róseo, o roxo,
O lilás, o branco,
O verde e o amarelo,
O azul, o vermelho e o preto,
O salmão e o jambo,
O laranja, o índigo e violeta,
Como arco-íris no tempo.
São inúmeras cores aos olhos,
Em beleza e encanto,
Nos traços dos pigmentos.
É a busca pelo alimento,
Seguindo no mesmo caminho,
As obreiras e a rainha.
É a luta pela harmonia.
Os vivos moram na mata:
É a formiga, a abelha,
O morcego, o besouro, o marimbondo,
O Mico-leão-dourado e o beija-flor.
Neste habitat,
Polinizam, alimentam -se,
Pelos galhos de flor em flor.
A borboleta apareceu,
Pousou rapidamente e se foi,
Voou.
Sombra e luz,
O sol se pôs
Anoiteceu,
Lua cheia brilhou,
Serenou na madrugada,
O vento sul chegou,
Folhas secas caíram,
Morte e vida,
Um círculo em que tudo se transforma,
Perpetuou-se,
Era a mata,
A vida.
Marivaldo Pereira Souza (Mperza)
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