Há espíritos os quais nunca se contentam ou encontram satisfação,
Querem sempre haurir o que outros possuem para ofertar
E em uma espécie de extorsão, moldam até a maneira de se amar
Exigindo os sentimentos à sua maneira e sem hesitação.
Exploram o amor como se este tivesse de ser uma diversão:
Um harém de milhares de virtudes, sem espaço para o azar
E qualquer um que se aproxime com menos, deve arcar
Com o destino de ser desprezado por mais que doe seu coração.
Há quem "ame" de forma tão distinta, tão "sublime",
Que estão sempre a exigir dos outros mais amor do que possuem.
Mais do que é divino, menos do que é humano...
E neste caso, amar como eu amei foi pouco, foi crime?
Em meu íntimo, em meu ser as respostas não fluem,
Mas não vejo este sentimento como bom, e sim, tirano...
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