Sofrer sem crer e querer a dor de-ter
Errar de certeza, na repulsa buscar beleza árdua
Razão haver poder ócio cosidos na crosta da água
Pedes esmola, sacola caída, ombros alados, génio desalma, escalda
Ouves vergastas manhosas na cimalha, gralhas nome na areia – Andre ia
Efeito e lícito audaz, pegas águias tintas – fintas, curas, injetas
Tens verbo burlão, despudor divergente que se sente, bem quer e maldiz
A matriz não é perfeição – do zero, crias matas fadas e bestas
É ser desdém, dinheiro, louro – é d´ ouro, ser inteiro
Sacudir graça, conceito e sacrossanto suplício
Emular ator, imolar paço – baço cem por cento
Rimas lastros muros névoas – compor fileiras tem portento
Parangona só mais uma
Odalisca sumaúma
Elegia nos invernos
Tons pós etéreos
A turba arremata:
Ser poeta é.
Graciela Neves
9/09/2015
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