A APARÊNCIA DAS COISAS
É sempre sobre um tipo de pessoas:
As mais belas e ricas que as normais...
Vivendo vidas tão excepcionais
Que os outros consideram muito boas.
Reis -- embora de insólitas coroas --
São, senão mesmo reis, ao menos reais
Por se sentirem assim especiais
No afã de merecer mais e mais loas...
Mas eu, precocemente envelhecido,
Não serei mais o poeta desvalido
A cantar as douradas excelências.
Não. Antes cantar suas misérias
Enquanto garatujo as frontes sérias,
Levando mais verdade às consciências.
Betim - 07 07 2015
Betim - 07 07 2015
Ricardo Cunha
© Todos os direitos reservados
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