Agora sou nefasto como vento que corte a escuridão longínqua de um local qualquer.
Sou talvez tudo ao mesmo tempo e nada no dia seguindo, sinto tudo passar por mim como calafrio sem qualquer porque.
Dia sem fim nem começo, estou sempre no dia passado, estou tão presente que me sinto lúcido da imortal lucidez.
Agora penso em não pensar, ó manifesto comunista sem ninguém plano Cohen.
Tudo que faço ou penso fica no passado, não faço, faço, desfaço, não sei, não sei, faço.
Gostaria de um sonho tão repentino como a luz do luar passando pela penumbra do dia seguinte.
Não sei o que falo ou penso, não sei, sei, não sei, sei..............

Evandro S. Lopes
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