No cimo nu da montanha
escarpada, brado ao vento
a fúria de dor tamanha
que não cabe num lamento.
Mas o vento se queda brisa,
nega-se rugir paixões
tolas de quem profetisa
efémeras ilusões.
Ruge, raivas, tempestades,
deste meu peito atroz
morrendo de saudade.
Vai, vento, corre veloz!
Leva esta minha alma triste,
de mim, que por ela morre.
E se tua alma existe,
não pares! Vai, vento, corre!
Triste Poeta
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