Liberto da densidade das trevas,
envoltas em tenebrosos pesadelos,
redescubro-te nos meus sentimentos
efervescentes de ternura e sonhos,
e das emoções vividas em cada dia.
Meu amor por teu amor é eterno!
Gera os sentimentos mais audazes
que, meu coração, ousam enamorar
na perfeita união da sensualidade
transcrita de nossos corpos e almas.
Amar-te tão densamente, eleva-me
ao desejo de ser teu amante sedento,
de doar ternura e paixão infinitas,
viver a empatia dos sentimentos
e, cativos no tempo, intemporais.
Amar-te é delinear um poema de amor!
Ritmar o coração com as ondas do mar
de teu corpo em turbilhão de saudade,
inquieto de humores, exalando o sal
do desejo não saciado, apenas tecido.
Amar-te é reconhecer-me teu amante!
Beijar a tua boca, tocar teu corpo,
reter-te no frémito de nós mesmos,
voar para além do sonho partilhado
e pousar na serenidade dum rochedo.
Amar-te, meu amor é dar-te vida!
Caminhar de mão dada em jardim,
renascido de cor, som e odores,
vogar na noite de luar enlaçados
e sorver a paz dum banco de pedra.
Amar-te, eterno, é ser imortal!
Lisboa
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