Ando meio sem noção
Não sei que dia, que horas são
Mudo de canal, zapeando na televisão
Não sei se vai sair uma poesia ou quem sabe, não
Começo querendo dizer, falar de sentimentos
Depois brinco com as rimas em todos os momentos
Dessa vez nada triste, tô fora de lamentos
Xô deprê, sai pra lá tormentos
Quando me dou conta, vejo que uma poesia eu fiz
Vou rimando, brincando e arriscando, por um triz
No limiar da razão e da loucura coloco meu nariz
E quando eu passo pelo abismo, sorrio e peço bis
Pode parecer devaneio, uma poetisa a divagar
Digo que é a arte, a arte de me expressar
Falar de coisas do coração, do querer, do amar
Espantar a solidão e quem sabe alegrias suplantar
E com as palavras sigo então brincando
Para dizer o que ando tanto pensando
Eu sei lá, às vezes estou só divagando
De um poeta só fique esperando
Algumas rimas que anda elaborando
Gosto muito de falar, me expressar, de escrever
Coisas latentes de meu peito, quer dizer
A inconstância de uma alma a se desenvolver
Pendida num penhasco, onde pode escolher
Se jogar, ficar onde está, tentar ultrapassar, vencer
(Data: 05/02/2006)
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