Sou mundo de paradoxos,
espírito adverso ao corpo
alma que voa à toa
pés que não a conduzem
não condizem ao que ela quer
ou quis, pra ser feliz.
Ideia, físico, breu,luz,
debatem-se em confronto.
Estrondo.
A mente persuade
o desejo invade
e sem resistência
vence a vontade
ante a fragilidade
física de meu ser…
A alma vai,
talvez por displicência
ou carência…
(afeto nunca é demais.)
O corpo fica e sem destreza
não vê o que ficou,
o que virá, o que restou…
Se perde em ausências,
caminha para trás,
tateia a paz.
Sem conciliação
caminham as contradições
em opostas direções…
Alguém tem que ceder
corpo ou pensamento
“dar o braço a torcer…”
O mínimo de boa vontade
de qualquer uma das partes
acaba com a disparidade
de toda luta travada
ao entender
que o direito de um começa
quando o do outro acaba
mesmo quando se trata
de um único ser.
Carmen Lúcia
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