Oh doçura do meu acalentar contente,
Quero derramar meu choro triste,
Mas qual lamento é inconsciente,
Se constante, remanescente...
O lábio de amor insiste
Num movimento ciente
De que ao meu padecer assiste
Com um morrer insistente...
Por isso, peço à morte que chega
Um brilho de olhar, agora, moribundo,
Com a tristeza infinita do amar
Sem ser amado, o que me nega
Num coração distante e profundo
De ferir-me em paixão de matar...
Hugo Proença Simões
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