TEMPO É RECIPROCIDADE

O presente encena o passado...
 
O tempo não metamorfoseia suas vestes,
São os indivíduos que se travestem
 
E se trocam e lambuzam o palco
Em que desempenham seus papéis
Neste imenso anfiteatro que é a vida...
 
As horas não se cansam, nada é finito,
Tudo no mundo são cansadas retrospectivas
Do primitivo que ganha novas faces e fases
Num plágio constante do que foi ontem...
 
Falta de criatividade? Talvez! Universo febril
Que peca pela ausência de originalidade
E o que é novo é velho, o que é velho é novo
E, assim, os séculos se consumam no vaivém
De atores que morrem e renascem imperfeitos!
 
 
 
De  Ivan  de  Oliveira  Melo

Ivan de Oliveira Melo
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