Íntimos versos



Desse teu amor, que tanto em mim persiste

Num sentir inexorável a teus pés

Eu já nem sei na verdade porque existe,

Se de eras esperanças é meu *arnês.


Teia do destino, de sonhos albergados

A balouçarem incrédulos sentimentos

Em pensamentos adredemente cogitados

Nas vãs promessas dos **abjuramentos,


Que ainda dormem vestidas com o arnês

Nas sombras infiéis do desatino e da lua

Co’as lembranças das pedras da tua rua 


Que carrego na desdita em segredo,

Não porque de ti amor, eu tenha medo

Não quero jogar-me de novo a teus pés !


*antiga armadura de guerreiro

** perjurar


São Paulo, 30-01-2015 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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