Certas vezes na vida nos pegamos reclamando com Deus por não termos sorte, por nada dar certo em nossas vidas. Muitas dessas horas são gastas e meio à dor, ao sofrimento, à amargura... Sim! Gastas! Pois não percebemos que somos livres e, se assim posso dizer, culpados pelas nossas vidas.
Fomos criados ou, para os que se dizem ateus, gerados neste mundo, mas nos colocamos para o mundo, ou ainda, do mundo. Ao fazermos isso, deixamos de ser protagonistas no palco da nossa liberdade. Quando isso acontece, somos guiados e controlados por outras pessoas, que nem sempre pensam em nós primeiro.
A nossa vida passa a ser como uma luz que se projeta por uma fresta, que pode ser regulada por aqueles que tomam o leme da nossa liberdade. Liberdade? Não! Passamos a ver só o que se deseja que vejamos, vivemos a limitada realidade que nos é permitida pelos novos donos da nossa vida...
A partir do momento que não somos os pilotos de nossas vidas, podemos estar nos dirigindo no sentido oposto da nossa felicidade. Mas como nos distanciaríamos da nossa felicidade? No instante que deixamos de guiar nossa vida, deixamos de tomar as grandes decisões que fazem parte dela e passamos a crer, tacitamente, que o desejo alheio é a nossa própria vontade.
Chega um dia que paramos para pensar onde, como e por que estamos onde nos encontramos e, aí sim acordamos do que parecia ser um sono conduzido. Vemos que em diversas situações fizemos o que não queríamos e nos deslocamos para a felicidade alheia. Percebemos que a nossa verdadeira felicidade ficou parada no passado, talvez esperando que nós tomássemos seu rumo.
Em alguns casos, acordamos tarde demais para correr atrás do que julgamos que nos fará realmente felizes. Só então percebemos que silenciosamente obedecemos àquilo que outros desejavam para nós. Percebemos que a vida está chegando ao seu fim e não teremos outra chance de ser feliz, de fazer valer a pena viver...
Porém, se acordamos antes do sono eterno, temos ainda a possibilidade de tomar as rédeas de nossa vida. Exatamente neste momento que conseguimos enxergar todas estas coisas e temos a oportunidade de uma mudança radical, sentimos medo. Medo de magoar os outros, de enfrentar os que estavam tomando a nossa frente, achamos ainda que nossa escolha passa a ser a errada.
Temos de fazer a grande escolha de nossas vidas. Talvez a primeira decisão consciente. Em nossas mãos está uma vida pronta, construída sobre os desejos alheios, mas concluída; e à nossa frente temos a vida verdadeira, a nossa felicidade, a chance de acertarmos ou errarmos com as nossas próprias escolhas.
Chegou a hora da decisão. Só cabe àquele que é o verdadeiro protagonista faze-la. Faça o que for o verdadeiro desejo do seu coração, pense pelo menos uma vez em si e aposte naquilo que considerar certo, mesmo que depois descubra que não era. Viva a sua vida segunda você mesmo e seja feliz até em suas quedas.

Simplesmente um desabafo,...

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