MAL CONCRETO
Se a verba que se esfuma, e não é de agora
Numa boa, desaparece e não mais renasce,
Tudo o que é roubado, some,vai embora
Do ladravaz, no rosto se estampasse;
Se pudesse, a patuléia que chora,
Ver através da máscara da face,
Quanta gente teria sim inveja agora
E no seu lugar, muito mais roubasse!
Quanta gente que ali, talvez, consigo
Guarda um sonho, recôndito e amigo,
Como uma possibilidade boa, esperta!
Quanta gente que condena o ladrão,
Tem o sonho de também “meter a mão”,
Sem ser denunciada ou descoberta!
Pedro Paulo da Gama Bentes -2014/09/07
Paródia de MAL SECRETO de Raimundo da Mota Azevedo Correia (Baía de Mogúncia MA 1859-1911)
Pedro Paulo da Gama Bentes
© Todos os direitos reservados
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