Fonte do amor !...

Fonte do amor !...



Nesta ausência da verdade

Na cinza que o fogo deixa

Onde a queima da vontade

É o suspiro da queixa


Última réstia do sol

Última réstia de esperança

Sonho flutua ao arrebol

O enigma à semelhança


A memória se povoa

De perspectivas sem fim

Tua imagem sobrevoa

As sombras do meu jardim


Nas voltas que o contornas

Dissipas o ensombrado 

As flores, antes soturnas 

Voltaram ao seu passado


Fundem-se as emoções 

Num gradual sentimento

Que une dois corações

Ao sagrado sacramento


Nessa fonte de desejo

Onde nasce o grande amor

Se beijar-te é um ensejo

Abraçar-te é esplendor !


Porangaba, 09/08/2014

Armando A. C. Garcia


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