Algumas vezes me pergunto:
Como pude deixar você entrar na minha vida?
Mas... O fato é que você entrou
E andou lado a lado comigo por um bom tempo
Até parecia que seria para sempre
Cada palavra, cada gesto
Em tudo se mostrava uma pessoa nobre
Me surpreendia em cada atitude
Sempre sabia como me roubar um riso
Até mesmo em momentos onde parecia ser impossível sorrir
E assim foi
Até o momento em que me surpreendeu de vez
Que desceu de seu cavalo branco
Que desembainhou sua espada
E se lançou contra mim
Isto tudo após um belo passeio
Onde lamentamos pelos cavalos não serem alados
E não poderem nos levar até as alturas
Para juntos podermos ver bem mais de perto o brilho da lua
Algumas vezes ainda me pergunto:
Como pude deixar você entrar na minha vida?
Mas, como saber quem vem para subtrair ou somar?
Em cada coração existe um intento
E hoje entendo que um belo riso pode significar tantas coisas
E dentro destas tantas coisas também o derramar de lágrimas
Não falo sobre as decepções
E nem sobre a falsa sensação de segurança
Que nos passam algumas vezes
E que outras vezes também alimentamos em nós
Mas, sobre todo tempo perdido
Algo que jamais se recupera
E sobre cada sorriso dividido
Que pereciam transbordar em amor e carinho
Mas que hoje reduzem aos pedaços um coração
Feito um espelho lançado ao chão
Onde se junta os estilhaços com todo cuidado
Para não se cortar a mão
Não falo sobre as lagrimas
Nem sobre decepções
Mas sobre todo um tempo perdido
Sonhos belos compartilhados com um alguém
Mas, que infelizmente se sonha sozinho
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