Sou como a faca que rasga a carne,
Penetrando na vida das pessoas
Sem pudor ou receio,
De machucar ou ferir
Sem importar com os sentimentos,
Que os pertencem com glória
Estragando e marcando,

Mas o destino é cruel
Fez-me uma faca enferrujada
Perdendo seu brilho e encanto,
Sem corte
Como um homem sem mulher
Sem utilidade sou sim
Uma faca

Como a que corta o meu peito neste momento
Sem piedade me vou sabendo que tarde
Para salvar quem amei,

Mas o consolo é saber que a encontrarei
Linda como na minha lembrança
Sou faca
Perdão!!!

Um dos primeiros poemas que fiz, após a morte de minha esposa.

Riacho Fundo II /DF