Desculpe-me Deus

Pois às vezes me esqueço

De ajoelhar-me diante a cama

Como mamãe fazia quando criança

Desculpe-me meu pai

Pois fiz você chorar

De suas lágrimas fez a chuva

Hoje sei

Desculpe-me pai

Pois matei um de seus filhos

Aquele minúsculo inseto

Também era seu

Desculpe-me pai

Não era para ser assim

Desejei o mal

E olhe o que aconteceu

Me tornei algo que não sou



Dei as costas

Ao que você falou

Desculpe-me pai

Agora que perdi

Me ajoelho diante a ti

Para lhe pedir perdão

E você me cura

Com o toque de suas mãos

Desculpe-me pai

Por não saber agradecer

Por tantas vezes eu fazer-lhe sofrer

Desculpe-me pai

Não era para ser assim

Eu lhe peço e tu me dás

Mas depois que ganho

Não rezo mais


Desculpe-me pai

Pois um dia levantei a mão para meu filho

Fiz para ele o medo

Que até então não conhecia

Desculpe-me pai

Pois na hora certa eu saberei

Lhe agradecerei

Com um beijo em sua face

E minhas lágrimas pai

Guardaras por toda eternidade

Pois será mais sincera

Do que todas as verdades

Uma poesia onde busquei um pouco de minha fé para conseguir chegar em um final.

Em frente ao meu computador