É uma flor de teus cabelos,
é um arrepio de teu arrepio,
é a arquitetura dos quadris
que fecham teu corpo: o que
me faz compreender teu organismo.
É uma arte dos teus discursos,
é um processo de teu gesto,
é o espaço dos dias na imensidão
assim que seguem objetivos: não mais
a perda e distração de tuas palavras.
É o que é bastante para mim
e a cada ausência insuficiente,
esta sedução involuntária dos sentidos,
este instante de ensaio que visa
exposição e foco um para o outro desnudo.
É esta tua apresentação como
proposta de narrativa à história,
com um estudo de nossas práticas,
com um processo que atravessa o mundo,
com um fragmento que prioriza completar os corpos.
Isaias Zuza Junior
© Todos os direitos reservados
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