Há incertezas tão comprometedoras quanto a negação.

Eu sei o que desejo, mas e tu?

Vejo afundar as perspectivas quando, no amargor do absinto

Vamos nos embebedando em atuações tão doces...

 

A margem do nosso rio está a solapar estranhamente.

Pouco tempo, então, machuca menos.

Queria saber o que se passa, queria saber se errei,

Ou se és tu quem errou. Queria... No passado do verbo.

 

O melhor de mim, dei-o quando percebi o melhor de ti.

Não coloquei o carro na frente dos bois,

Fui deixando fluir naturalmente, sem mentiras e sem ansiedade.

 

Quis fazer meus passos na mesma proporção que os teus

(Meu erro, talvez?) E, no entanto, vejo o solapamento...

É curioso como eu quase previ isto...