Seriema... Cantando triste
Quem parte em lento pau de arara...
E a Poeira seca, lhe cospe na cara,
A fome a que ele resiste...
 
Corta-lhe o peito, incerto andarilho...
Em selva seca, cheia de chão.
 Le enche de lágrimas, pedido do filho:
Papai: Quero pão!
 
Já corre à tarde, dia tão lento...
Em solo de espinho, de suor e calo!
Le conta uma estória amigo vento!
 
Acorda! Acorda Severino...
Chegou a fim teu destino
Já tamu chegano em Sun Paulo. 

Carlos Cintra
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