MINHAS MEMORIAS DO VAZIO



 
Doce aurora ...bate em minhas glândulas expostas 
e bem ao norte 
beba minha água de íons.

Imaturo espírito meu, corre para o sul,
uma nova vida de novo cai ao amanhecer.


Cai a noite, negra como o nada,
ao sul, reaparece.
Brilha a aurora ,
ao leste.

Quem sou eu?
O orvalho me contém,
a terra me destroi.

Sou presença nas montanhas ,
no vento; me perdi.
Sou quem sou !
mas o sofrimento que agasalha
a alma inerte no corpo inquieto ,
suspira nos papiros 
sujos de mil conhecimentos .

Doce aurora ...esvai...esvai, renuncia, 
brilha estrela matutina e prende meu
Nous em minha mônada errante.
canta para mim meu coração o cântico
das estradas percorridas ,
nada lamento,
nada ficou perdido.
pois nada sou, a não ser quando esqueço

john eber ferreira
© Todos os direitos reservados