Poema grávido


Deitado, na escuridão do quarto,

Olhos grávidos da luz do dia!

Ao lado d’outros olhos,

Já fechados,

Espero dar à luz

A saudade de momentos passados!

Quando acordo,

A aurora lava-me do parto,

Donde parto para outra gravidez

Doutro dia, para encher,

Na escuridão, dum quarto fechado,

De alegria, da claridade de mais um dia passado,

Que vira saudade!

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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)

Gondomar

 

Silvino Taveira Machado Figueiredo
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