Por vezes, a crença é colocada em questão, desfalece.
Os sonhos, então, são consumidos, lentos, como um cigarro.
Apraz à alma desesperançosa apegar-se ao imundo barro,
O qual, passa a compor sua existência que fenece...
Quando o espírito cessa de sonhar, a vida desaparece.
É que os sonhos estão ligados à esperança, um agarro
O qual vincula um e outro e quando se cospe, feito escarro
Uma das partes, nem pesadelos restam, nenhuma prece...
Transmutação niilista de alegria em suma tristeza.
Há um eclipse do ser, há o fim da imaginação e beleza,
Há apenas o nada, a inércia: Paralisação em algo medonho...
Resume-se a existência em um apático esperar da morte.
A culpa, por vezes é nossa por fiar uma fé tão forte
Em coisas e seres efêmeros... A culpa é de nosso sonho...
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença