O Tupi defronte ao Muro de pedra,
Não tem o entendimento, se ele protege,
Da fera de fora ou se prende a que está dentro
 
Na peleia contra o tempo,
quem pode comprender ,
o que há além do  chão e o Firmamento.
 
Ajoelhado de fronte a Cruz ,
O que portava a Batina fez a proza ao batizado,
que quase despido e
Que no mundo veio a lá cria,
Procura entender
Como pode ele ser libertado?
 
O nativo que só pela perna tinha herança,
Agora ginete, torna o mais xucro,
No pingo de confiança encilhado com Selim.
 
Na Peleia contra o tempo,
A estronca deita-se por terra,
Por que ele é o Sinuelo, o tempo,
Que faz a vigília no fronte e é invencível .
 
Esse Sinuelo que viu de pé o Alambrado,
Também viu o torro da Tropa ajoelhado,
E mesmo guapo acabou sacrificado.
 
 
O Sinuelo que viu o Cimarrom atravessar o mundo para no Pampa ser Libertado,
Viu o Cimarrom no mesmo pampa  caçado
e charqueado.
 
O Tupi atrás do Muro de pedra,
No credo de ser libertado
Atrás do muro foi encontrado.
 
Patrão Velho,
O Page pela mão do jesuíta permitiu o doutrinado, para que quando o sinuelo passa-se fosse perdoado.
 
Patrão,
Nas tuas mãos coloco o meu caminho,
E que guie todos os que o buscam,
Por que defronte ao Muro de Pedra busco o entendimento,
Se ele protege da fera de fora ou se prende a que está dentro.
Mellitz
 

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