TUDO É NADA SEM RAZÃO

TUDO É NADA SEM RAZÃO

 

Não ambiciono estar só com a razão
Mas já não sei o que é viver na ilusão
 
É uma nulidade estar-se sempre certo
Se não trazemos com isso apaziguação
 
De mim não espere alguma afirmação
Só desejo mostrar que tem outra opção
 
Em tudo daquilo que parece certo
Chega um momento da reavaliação
 
Almeje aprender das incertezas
E delas vá tirar o seu sim ou não
 
Não deseje só traçar linhas retas
Também preveja saltos e curvas
 
Queira demais seguir em frente
Mesmo que nos passos tropece
 
Vá, mas dê paradas nas esquinas
Para ver se a linha ainda é certa
 
Não queira já saber do horizonte
Se ainda não se desfez a neblina
 
Não queira já plantar flores
Se o terreno é de areia fina
 
Não podemos alcançar a lucidez
Se pelos caminhos somos errantes
 
Não vá atirar nenhuma pedra
Não sabes o que poderá voltar
 
Não queira atravessar as pontes
Sem conhecer o que teve antes
 
Não queiras pregar nos vales
Se nas montanhas és vacilante
 
Não vá só beber em fontes
Que da água possas morrer
 
E como pode viver na Verdade
Quem da mentira ganha o pão?
 
Como pode encontrar alguém
A alma que no medo se mantém?
 
Como pode vir a desejar a luz
Quem só no escuro se preza?
 
Como posso não perguntar
Se sem respostas não avanço?
 
Como posso te conhecer
Se de mim nada queres saber?
 
Como poderei me conhecer
Se minha alma eu não souber ler?
 
Como poderei viver
Se a Verdade não conhecer?
 
Como poderei ser feliz
Se ainda causo tristeza?
 
Como poderei dormir
Se sonos de outros tirei?
 
Como poderei teus olhos ansiar
Se ví neles o sofrimento que causei?
 
Como confiarás de volta em mim
Se tua alma sensível de dor oprimi?
 
Como poderei na paz ficar
Se de tanto ainda peço perdão?

‘Aprendei a reconhecer o vosso caminho na Criação, assim sabereis também a finalidade de vossa existência’. Abdrushin em Na Luz da Verdade – A fala do Senhor - www.graal.org.br

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