PORCIÚNCULA-SONETO I
Porciúncula! De terra pequena porção,
Tão delicada no carinho que a abraço.
Tão encantadora nestes versos que faço,
Cantando toda saudade no meu coração.
 
As pessoas, os lugares  Oh tempo rico
De lembranças que a memória me traz,
A estrada de terra, a chácara do Braz
Que começava na venda do Zé do Tico...
 
Onde tudo na caderneta se comprava.
No Sítio do  Seu Décio, o leite tirado,
Às seis horas do dia recém-acordado,
E as frutas deliciosas a gente ganhava
 
Indo na chácara à beira rio buscar:
“-Pedir pode,  só não pode roubar!”
 
Pedro Paulo da Gama Bentes
 
Resgatando em sonetos uma fase muito especial da minha vida em Porciúncula, cidade do norte do Estado do Rio. Vivi ali as descobertas e as primeiras paixões. Sofri ali a primeira grande perda: minha tia-avó que nos ajudou a criar e segurou a barra da família nas fases de dificuldade, minha Madrinha, Idalina de Souza Braz.
2010/06/13

Pedro Paulo da Gama Bentes
© Todos os direitos reservados