Mal existe isso que te vai consumindo, mal do que era, foi e será
Teus termos são limitados apenas nesse âmbito de ir sobrevivendo
Vives em veredas de cáustico caminhar, no dia dia de nenhum apelo
Sinopse do abstrato, em desprezível e parabólico ápice em sumiço
São pois inúteis os secretos motivos dessa sangria desatada e vã
Logo oscilaremos idênticos a gota que adeja a flor e se estatela ao chão
Que espraia em desperdício e some, vaporizada em sobra do vazio
Tal como suster a decepção do não, quando a intenção pouco se atina
Na beira dos limites, excedemos essas amarras sem saber onde vai dar
E se não fosse por mim, que te enxergava, que não deixava fugir o brilho
Naquela síntese de luz que esmiuçava detalhes, em teu quase impossível olhar
E que agora te lança em estase do inusitado, em despetalado logro
Vejo em nós que quase nada colhemos, atônitos em tudo que nos fugia
Fresta precipitando a passagem do teu jeito, que impedia o alcance
Atrevendo-nos num mar revolto, onde tardava tudo; desde rumo a porto
Afinal fomos, e não deixamos de ser, apenas uma pobre circunstância
[ correndo com o diabo !
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