Quão bom é recordar
o recorde alcançado
pela saúde do indivíduo
do passado.
Quão bom é relembrar
o prazer de outrora
a felicidade esquecida
a memória já perdida.
Mas se eu não caminhar
irei eu estagnar?
Se eu retroceder
ainda irei eu merecer
o gozo já marcado?
Cadê o paraíso pertinente
à inocência infantil? E cadê
a minha segurança e esperança de dias melhores?
Mas e se eu voltar
lá atrás, terei eu o direito
de regozijar?
Poderei, pois, lembrar daquela namorada tão amada
e da data tão marcada pelos beijos de nós dois?
Poderei, pois, lembrar das minhas ilusões mais fantásticas?
Terei a chance de me reencontrar?
Poderei beijá-la novamente?
Seria bom retornar e comprar novamente aquele jogo
vencer novamente o meu amigo
ajudar novamente alguém com bondade.
Seria bacana ter a chance de ser eu mesmo again.
Visitar Miami ao recordar vice city, pensar que aquelas músicas
realmente estão no meu rádio, enquanto dirijo.
Jogar futebol lá no último andar,
Brincar de RPG com o velho amigo já perdido
Upar o level do meu char.
Ai que bom era quando eu tremia ao falar com uma menina.
Era tão gostoso que sinto falta. Quão bom era ser criança.
Os momentos felizes
tornaram-se tristes,
a deselegância humana
destruiu a auto-estima do bondoso.
O paraíso se perdeu.
Agora só resta a memória
daquele prazer infinito.
Mas retornar não é igual a reexperimentar,
se assim fosse, eu não estaria aqui no presente
e nem queria saber de futuro, mas ficaria sempre no passado.
O desprezo ignorante
do arrogante intrigante
coloca trevas dentro de almas
tão puras.
O instinto de conservação,
o egoísmo repugnante
fecha os olhos pras gestantes
que desejariam não ter seus filhos.
A falsa amizade
o perdão decadente
a ferida tola
a maldade incessante
magoa os gestos mais nobres
de uma criança.
Aonde voltarei, aonde voltarei,
para restaurar a minha memória,
aquela memória de antes?
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