Se um dia você souber o que é amor...

Ainda não sei se escrevo poesias, crônicas, ou apenas exponho os meus pensamentos. Contudo, expor minhas frases e citações adversas é a minha formidável e tolerante sentença de vida.
Não sei e nem quero pensar em dizer tudo o que o mundo precisa ouvir, também é convicto que ele, o mundo, não faz questão de convir com as mais belas artes de amar. E amar.
Ah, quem saberia, poderia, ousaria me dizer. Amar? Ninguém. De Aristóteles a Platão, ou de William Shakespeare a Fernando Pessoa. Todos os gênios pensadores que nasceram para a história, não parafrasearam a divina questão de um único sentimento.
Tentar se fazer de um válido mundo de paixão é a derradeira questão das músicas e sonetos. Até de poesias, crônicas ou qualquer montante de palavras certas, ou não. Falar de amor é fácil.
Não é?
Então sente e escreva pensando na chuva, na música, no beijo, abraço, perfume, sorriso, saudade. Vai ser o mais belo texto escrito por seus pensamentos inusitados e divinamente sem explicação.
Por que escrever sobre o amor, além da justificativa de ser simples e facilmente entendido?
Nossa espécie não se contenta em saber apenas um ou dois segredos da vida. Ainda queremos mais, queremos saber o que, quem, onde, como, porque e quando foi inventado o verbo Amar. Mas ainda assim, já que é para conjugar, só tentamos entender, bruscamente, baseados  na conjugação de amar no presente do indicativo, quando: eu amo, tu amas, (se) ele ama, nós amamos, vós amais, eles amam. Explicado. Não, é claro. Nem sempre, e na maioria das vezes não é assim.
As frases bonitas, os versos repetitivos e lindos, as palavras e conjugações perfeitas em cada ocasião, não são mera coincidência. Alguém um dia disse que, sentir o mesmo beijo para o resto da vida, saber sem pensar a roupa que ela usa nos dias frios, sentir o seu perfume em qualquer flor-de-lis, se chama amor.
Não me aventuro a dizer, não sei o que é. Eu sei que sinto, por isso escrevo. Fácil é escrever sobre o amor, difícil é tentar explicá-lo. Se um dia você souber, não se limite, grite.

Kallil Dib
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