Fragilidade.

 

O  que mais quer de mim?

levou tudo que eu tinha, carregou minha alegria e os versos que eu fiz.

Levou a rimas de minhas poesias que bordei com o veú do dia

não me deu tempo de brincar com a euforia que douravam minhas tardes de sol,

deixou-me vazio sem seus passos, como o silenciar de folhas sem pássaros

Despiu minha noite de lua tingiu as madrugadas de brumas

Meus olhos derramaram a embriaguês do orvalho

ficou ali meu corpo lanhado, batido pelos trincos do tempo apenas o suave toque do vento

ampara a fragilidade de uma face cançada

onde repousa uma lágrima, calada de tantos sonhos naufragados que me levam ao encontro do ,

nada.

Cristiane Coradi.

Meu corpo continua lanhado, batido pelos trincos do tempo
nem o vento ampara a face cansada somente as lágrimas...
cris coradi
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